quarta-feira, 31 de março de 2010
Decido ser
quinta-feira, 18 de março de 2010
entre nós
Do que mais me orgulho não é o que apareceu na notinha. Nem do trocado que ganhei. Gostei das cores, claro. Gostei do que vi, entre tetos, das zuadas, risadas, do verde do litoral e do azul espelhado refletindo essa gente nos prédios. Mas é mais. Quando um lugar é novo para você, você é nova para o lugar. E ele vai senti-la, cheirá-la, esperar até que você queira ser. E do que vivi, o que mais me me deixa feliz é isso: o que construí em gente.
Me alegra em alguns dias, que a vida não tem o menor interesse em contar, ter feito sentimento aparecer em corações distraídos, inéditos, desavisados como o meu. Me alegra ter rido gente. Ter trazido para perto.Ter deixado gente bonita nascer em mim.
Me alegra saber que conquistei cumplicidade. Que algumas pessoas estão com a minha causa, com o meu sorriso, até com as minhas dores. Me anima saber que já não sou mais uma, sou mais, a cada centímetro que percorro, a cada metro que permito amor. Somos o que alcança o outro.
Me deixa orgulhosa descobrir que posso fazer amigos. E do verbo fazer, considerando o tempo com que se faz qualquer coisa: um pão, uma hora, um destino. Devagar, com cuidado, vezes com entusiasmo, vezes com espera silenciosa. Mas sempre, com uma gratuidade plena. Sempre com a verdade das afinidades que não precisam de razão. Tudo tão dado que chega a ser como prêmio o que me dão em troca: vida. Carinho. Abraço.
Me alegra saber que sou capaz de construir amor em lugares que nunca me viveram. E saber que já vivem em mim pessoas de rostos novos.
Agradeço ao acaso e ao caso desse coração querer se abrir.
A todas as pessoas: Gratuitas. Bonitas. Comigo. Caminho.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Nasceu o meu siso
Nasceram, nasceram
Com força, sem pressa
Certeiro, primeiro
Nasceu o meu siso abrindo o caminho
Era eu
Era a pele
Era o novo destino
Era pele de nova eu toda certeira
Era nova eu pele abrindo a porteira
Era gente, era tempo
Era bom de nascer
Sou bem vinda, bem vida
De longe se vê
De sonho e saliva
Vermelha gengiva
De querer crescer
E crescemos nós,
No saber, no saber.