Peço desculpa por esse jeito
tão desconexo , meu bem
pelo desajeito do meu cabelo
pelo embaralho de minhas pernas
e pela maluquice de
meus sentimentos
Sou assim um assustado só
Diante de um amor calmo
E uma onda farta de amor
Diante de um dia calmo
Sou assim, de derrubar a mesa
E de balançar o chão
Quando você só quer encostar a cabeça
Sou assim de pedir muito
De pedir os dedos, os ventos, os tempos, as mãos
Perdoa, amor, esse meu jeito tão desajeito
Meu amor destrambelhado
Descendo para os seus braços
Essa bagunca que faço
Com nosso suave compasso
Leve de tanto nós.
Se um dia a cabeça virar
Deixa então que eu arrumo
Que eu ponho tudo no prumo
Com meu punhado de palavras
Que eu dobro tudo de novo
No calor do meu abraço
Penduro nossos sentimentos
Penteio nossos medos com zelo
E amo como quem não fez nada
Como se nunca tivesse passado
Coisa assim tão assanhada.