quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Samba da bagunça - passagem do trem

Peço desculpa por esse jeito

tão desconexo , meu bem

pelo desajeito do meu cabelo

pelo embaralho de minhas pernas

e pela maluquice de

meus sentimentos

Sou assim um assustado só

Diante de um amor calmo

E uma onda farta de amor

Diante de um dia calmo

Sou assim, de derrubar a mesa

E de balançar o chão

Quando você só quer encostar a cabeça

Sou assim de pedir muito

De pedir os dedos, os ventos, os tempos, as mãos

Perdoa, amor, esse meu jeito tão desajeito

Meu amor destrambelhado

Descendo para os seus braços

Essa bagunca que faço

Com nosso suave compasso

Leve de tanto nós.

 

Se um dia a cabeça virar

Deixa então que eu arrumo

Que eu ponho tudo no prumo

Com meu punhado de palavras

Que eu dobro tudo de novo

No calor do meu abraço

Penduro nossos sentimentos

Penteio nossos medos com zelo

E amo como quem não fez nada

Como se nunca tivesse passado

Coisa assim tão assanhada.