
Do que para uns era ela
Uma menininha, um malabarismo
Entre sorrisos e pontas de pés.
Do que para outros, era chama
vivente e errante nos grandes
olhos escuros, gulosos.
Do que para outros ternura.
E para os que mais de perto,
Terremoto.
Mas era pra tantos doçura,
que deles recebia o que
enchia seu canto.
Poucos a viam em silêncio,
o que nada dizia, mas trazia dor.
Mas no que muitos viam, descansava:
Essa coisa escancarada
sem dono, nem página
inquieta, descabelada,
uma carreata de amor.