quinta-feira, 25 de junho de 2009

De volta pra mim




Das muitas meninas que existem em mim, todas agora descansam, no fôlego largo da minha varanda branca. Me vejo assim, do jeito que mais gosto: descabeladamente feliz. Nem mesmo a cachoeira de pedras finas no fim da rua me assusta. Ao contrário: os estalos compõem o som que me adormece. O silêncio da tarde é meu. A conversa das crianças recheada de recreio, sozinhas de risos, é minha. O canto pós-chuva dos passarinhos pontuando as sensações, a cada suspiro, é meu também. Tudo, tudo que dança nessa tarde mansa – leitosa, entregue- é meu. Hoje faço questão de ser isso. E me alegro, com um alívio estendido, em não precisar ser mais.

Um comentário:

  1. Me lembrei de um certo texto sobre as mulheres e seus estereotipos que uma certa estagiária, ainda menina, fez um dia, de forma brilhante, como a mulher de hoje continua fazendo...
    Grande beijo e parabéns pelo talento. Nunca o enterre!
    Fica com Deus!

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Fico muito feliz com a participação de vocês. Quem preferir pode mandar um email: lubacoli@hotmail.com. Obrigada!