terça-feira, 14 de abril de 2009

Caros Leitores,

Perdoem uma eventual falta de constância, uma briga com o sisudo calendário (nunca fui mesmo muito boa em rotinas). Perdoem a indelicadeza de não lhes trazer toda segunda-terça-quarta-tod0-nome-de-feira um texto novinho, com cara de gente, tão cheio de tanto pra dizer. É que para sentir, não pode haver pressa. Não há lugar. Assim como não se adianta a chegada dos amores, nem se anoitece ao meio-dia, nem se antecipa a saída de um rebento, nem se pede ao outono que acabe logo, nem se socorre alguém são, nem se manda em um batimento cardíaco, nem se estica as pernas de um menino, nem se adivinha as sortes ou infortúnios de um tempo, não há como se viver um texto antes da hora. Porque a matéria do texto é a própria vida. É disso que ele se alimenta, e aceita, convalescido, o seu ritmo. O texto tem sua própria natureza e desabrocha no seu dia, quando já guardou chuvas demais. Resta a nós a paciência que a vida nos pede, quando andamos em linhas, quando escrevemos o destino e nem percebemos. Pra quem vive de alma aberta, não há tempo. Pra quem nasce texto, também não.

Um comentário:

  1. Não se preocupe que não temos pressa... A ansiedade para admirar as suas escritas inundadas de sentimento faz parte do privilégio de sermos seus leitores!

    Bjoo

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Fico muito feliz com a participação de vocês. Quem preferir pode mandar um email: lubacoli@hotmail.com. Obrigada!