terça-feira, 21 de abril de 2009
Complicações
Como pode, meu Deus, tão estranha natureza? Com tanta leveza nos pés e uma aplicação tão complicada? Como pôde colocar em um só lugar a giganteza do amor e a miudeza das perguntas? Como se não soubesse que a paz, em sua sonolência, não aceita o passa-passa da inquietude. E que toda alegria precisa de ar e de fome e de espaço, ainda que tenha que empurrar os pensamentos. E que o amor, com sua fama incondicional, não é lá muito de diálogos nem adepto da razão. E pusesse, meu deus, as duas coisas juntas: a pluma no meu peito e a interrogação nas minhas mãos.
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAs vezes, em meio a tantas perguntas, precisamos encontrar apenas uma: Será que preciso de tantas respostas?
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