terça-feira, 21 de abril de 2009


TUDO QUE AMO DEMASIADAMENTE de repente nada. Não é um abuso da coisa em si, da figura amada. Mas do meu próprio desespero, do meu suor e rubro nas bochechas, do meu arfar em tentar prender o instante com as mãos, do ardido nas coxas, dos olhos incansáveis no mesmo alvo, faça pedra, faça chuva, faça tombo, faça sonho, faça pão. Me canso não dele, mas de mim. E quando então explodo, em um ódio autêntico e descompensado, que espalho cada átomo dessa paixão, volto então serena. Feito chuva mansa, feito cachorro magro, que depois de dias, acha o caminho de casa e reconhece, enfim, o seu dono.

Um comentário:

  1. Gostei muito do que li. Posso te adicionar? A propósito tenho tb um blog com as coisas que escrevo. Não sou escritor, mas é lá que escondo minhas palavras.
    Ah! Te achei no Varanda de Letras.
    Parabéns!
    www.calvo.zip.net
    Se quiser aparecer por lá, fique à vontade.
    Eu vou aqui continuar a ler seus textos e deixar meus comentários.
    abraços
    Ricardo

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Fico muito feliz com a participação de vocês. Quem preferir pode mandar um email: lubacoli@hotmail.com. Obrigada!