Nunca desfiz um texto. Mas você mereceu.
Desatei cada letra enganchada e fui emudecendo o som das vogais. Sufoquei as melhores palavras, enterrei os começos e fiquei com os finais. Rompi os ditongos, hiatos, todo som que vem de união. Chutei para fora da frase toda e qualquer conjunção. Vi o verso perder a rima, vi o poema se endurecer. Nenhuma metáfora de amor cogitou aparecer. Fiz a letra virar linha, fiz a linha se empenar. Borrei com choro a tinta de caneta, torci pro papel não secar. Chorei o início, o meio e aquilo que nunca morreu.
Mas fique com o ponto final. Ele é seu.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Genial, ente seu ponto final!
ResponderExcluirProvavelmente bem merecido mesmo!