quarta-feira, 27 de maio de 2009

Imprevistos

Veja meu bem, às vezes o mundo está do avesso, às vezes esquecemos de pular nas costas do nosso próprio trem, deixando o vento bater forte no rosto, furando o destino com o nariz e recebendo mais vida em porções fartas de ar gelado. Eu sei que às vezes dói um doído do que a gente queria que tivesse acontecido, um desencontrado assim só nosso. Mas não se preocupe, porque afinal de contas temos tanto de nós. Temos essa coisa toda farta de um estar tão dentro do outro, de eu estar mergulhada em vãos de linhas, tão escorregando em curvas de letras, e você tão me invadindo com verdades melódicas, espaços e mãos, desejos e tempos. Há nesse branco todo do universo um ao outro para a gente rir de gargalhada nossa, pra gente falar de qualquer coisa pouca, porque nossa paixão é gratuita e tão irremediável. Veja bem como eu me derreto te olhando, como tenho vontade intrínseca de você em qualquer hora do dia, porque quando fomos feitos, nem mesmo o dia havia. Essa é só mais uma declaração de estampado alto, para você saber do meu amor por você e também por mim, que consola enfim essas coisas todas da vida, fazendo um intervalo tão só nosso em que dá prazer de existir. Te amo sem pontos em mim.

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