terça-feira, 9 de junho de 2009

Para o meu gordOsho pai

Tão gratuitamente me é dado tanto
Que só em pensar
Tudo em mim é leve, é manso
Em ler suas letras posso te ouvir
Com o mesmo tom de voz e de amor,
Como se falasse na rede, há anos atrás
Mas acontece – e encho os olhos
Que hoje ainda te amo mais
Por vezes me perco na idade
Somente olho
E me parece um menino
Mas teu amor é antigo
E guarda a sabedoria
de um ancião
Como me preencho em tuas mãos
Que saudade sinto em tanto silêncio
Sonho, como sonho
em um dia ver seus cabelos se tornarem claros
Como clareia a manhã e aura
Os campos de trigo
Confessando um perfume tão doce
Quanto a poesia de sua calma
E ver que em tão lentos passos
E em tão brancas mãos
Mora ainda o mesmíssimo sorriso
E aquele que amei,
Que sempre amei,
Teu coração.

2 comentários:

  1. Ôi Filha Linda,
    Meu Presente é você!
    Te amo muito.

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  2. Oi Filha Linda!

    O texto que segue foi copiado de um desses romances que, como costumo lhe contar, tenho hábito de ler para adornar as minhas fantasias.
    Mas o que há nele de especial é que me fez lembrar, e quase posso ouvir, o mesmo “tom de voz que falamos na rede” , e tantos outros instantes mágicos que vivemos juntos, muitos deles semelhantes ao que está tão docemente descrito no texto, e que continuam guardados em nossas lembranças como “diamantes semeados no chão”.
    Te amo Muuiiiiito!!!
    Bj, Bj, Bj!!!


    Lembro-me de uma noite de novembro, há muitos anos, quando a última lâmpada se apagara e só Papai estava acordado. De repente, ele saltou da cama e correu à janela. Após alguns instantes, acordou-nos.
    “Para fora”, disse. “Não precisam se vestir, basta se envolverem em um cobertor.”
    Ao chegarmos ao quintal, eu e meu irmão que naquela época, de tão pequeno mal conseguia caminhar, enroscado no cobertor, vimos apenas a geada que cobria tudo de uma fina camada branca e uma lua gorda que semeava o chão com um milhão de diamantes.
    “Escutem!”, ele alertou. Nós nos calamos, aguçamos os ouvidos e olhamos pra onde ele apontava. Aos poucos, começamos a ouvi-los, depois os vimos. Gansos selvagens voando contra a lua. “Devem ser uns mil”, disse Papai.
    Mais tarde, quando nos mandou de volta para o calor da cama, só falou esta frase,
    “Acho que valeu a pena um minuto de arrepios de frio" H. Gordon Green

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Fico muito feliz com a participação de vocês. Quem preferir pode mandar um email: lubacoli@hotmail.com. Obrigada!