Ele nao gosta de fazer muitos alardes
eu faço de tudo uma poesia
já tinha algum tempo
que estávamos enxutos
mas eu ainda estava lá, com certeza estava
sem pressa de sair
conversando com os ruídos espumeiros
Era uma sensação tão leve
que nesse intervalo podia até sentir saudades
mesmo ele estando ali
lendo um livro ao meu lado
Ele falava de alguma coisa
mas os meus ouvidos ainda estavam zunindo
minhas palavras afogavam-se por vontade própria
Estava tudo ali
feito espuma
os braços,
os ditos,
os ritmos
o som que cantei para mim
só para embalar os pensamentos
Foi o segundo mais longo
que já vi nascer
de toda a memória
Um segundo que nunca tinha
pressa de acabar
Mergulhei ali.
Por um tempo incalculável.
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