terça-feira, 19 de maio de 2009
O mundo que é seu.
E aconteceu que ela me falou que podia mudar o mundo. Como assim mudar o mundo. Mudar o mundo assim ter o mundo que é seu. O que você quer do jeito que você quer. Veja que essa casa nem sequer precisa estar aí, veja que essas ruas podem ter a abertura da boca de um lobo e que poderia ter massinha de modelar de tons bem infantis nos rejuntes dos prédios. E que se necessário fosse, eu poderia arrancar o nariz, duplicar uma das pernas, estender os lábios assim, na direção do sol, agudos e apontados. O que você quiser, você. Perguntou porque eu não estava fazendo isso a mais tempo. Olhei com os olhos. Parei por um instante concentrada em meia dúzias de folhas verdes tão riscadas sobre mim. Voltei e então vi que ela estava cercada por centenas de cabritos, dezenas de cabritos branquinhos, feito flocos de algodão. Tão feliz em ser um neguinho de pastoreio, ali, naquela avenida.
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