terça-feira, 7 de abril de 2009

Vamos fazer diferente então. Pipoca no alho, moqueca com pão. Vamos desligar os motores, soltar os braços, no meio do dia. Cruzar as águas, inventar os cabelos. Vamos fugir de noite sem dar explicação. Venha me pegar agora, sem demora, mesmo que eu não tenha avisado à direção. Deixe eu ouvir outra nota. Falar outra língua. Morar por um dia no país que eu criei. Deixe eu fugir da pressa, esquecer da rota, estender a conversa. Só hoje, cara pintada. Tinta nas bochechas, nada nos pés. Só hoje, deixe o sol nascer ao contrário, a carteira e as chaves no armário. Deixe o azul do céu te cobrir, e amanheça com a noite. Eu peço uma surpresa, uma gentileza, um brinde em cima da mesa, da vida. Quero sentir o que não conheço, me jogar no mar de madrugada. Só hoje não me chame pelo nome. Não me conheça. Deixe que eu seja. Deixe que eu seja. Inteiramente hoje, vem comigo, desobedeça.

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